terça-feira, 28 de maio de 2013

FEIRA DE CIÊNCIAS: Como organizar de forma simples um projeto de pesquisa para uma Feira de Ciências

A melhor maneira de se aprender alguma coisa é praticando, mesmo que algo saia errado. Ler bons livros, revistas, assistir sempre as aulas de ciências com atenção, participar de eventos em outros colégios ou instituições nos fornecem um vasto conhecimento, mas só conseguimos aprender verdadeiramente quando colocamos em prática os conhecimentos adquiridos. Eu sempre digo que devemos fazer seja certo ou errado, isto quer dizer que se for certo ótimo, nota 10, se for errado aprendemos a não mais errar, portanto devemos sempre ser ousados pois, a palavra experimentação na ciência já diz tudo. Quantos experimentos foram feitos sem êxito até que se chegasse à cura de uma determinada doença ou a descoberta de um determinado medicamento ou equipamento.
Para realizar um experimento devemos ter as mesmas responsabilidades que um profissional da área científica, ou seja:
  • Organizar.
  • Observar.
  • Pesquisar.
  • Investigar.
  • Adotar critérios para a pesquisa utilizando a ética.
  • Experimentar e validar resultados das fases do experimento.
  • Garantir total segurança e qualidade durante a elaboração da pesquisa.
  • Fazer uma boa apresentação da conclusão do experimento.
Todos esse itens citados anteriormente devem ser seguidos com cuidado e atenção, pois, os resultados de seu experimento ou pesquisa poderá ser observado por profissionais do ramo científico podendo futuramente abrir portas para uma brilhante carreira chegando a realização pessoal e profissional.
A exposição de um determinado experimento ou pesquisa em uma feira de ciência escolar apresentado com muita organização, um interessante material visual e escrito pode transmitir muitas informações para profissionais da área científica que assimilam tudo, bem como para as demais profissões menos especializadas que sempre encontram alguma coisa de interessante para enriquecer seu conhecimento.
Hoje em dia quase todas as instituições de ensino fazem uso das “Feiras de Ciência” onde, não podemos negar, são divulgados vários experimentos estimulando com isso o intercâmbio de conhecimentos entre instituições escolares e em conseqüência o progresso na área científica incentivando o jovem estudante, bem como fazendo-se valer de um instrumento educativo de alto nível de rendimento escolar. Muitos profissionais da área buscam nessas feiras resultados para problemas através das técnicas apresentadas nos trabalhos dando assim oportunidades de crescimento aos expositores que mais se destacam.
A cada ano que passa os alunos se aprimoram mais até chegar ao primeiro lugar na apresentação de pesquisa em uma feira de ciência, por isso não desanime, não se deve desistir e sim adquirir experiência e procurar melhorar identificando erros e caprichando mais para o próximo ano e a próxima feira.
Vamos Elaborar um Projeto de Pesquisa Científica?
Primeiro Ponto:
Vamos precisar de tempo (não esquecendo das outras obrigações), espaço para o desenvolvimento da pesquisa, esforço físico e mental, um profissional científico caso se precise de alguma orientação e algum dinheiro (se necessário).
Tenha sempre a mão uma caderneta de anotações, anote tudo, qualquer detalhe, idéias momentâneas, sugestões, tipo de material observado em algum local, endereços de profissionais etc. Tudo, tudo deverá ser anotado isso poderá ser mais tarde um dos pontos para o fechamento de uma pesquisa. E não devemos esquecer que para garantir a qualidade e validação do experimento tudo deverá estar anotado.
Segundo Ponto:
Escolher um tema que não seja muito comum. Tente escolher algo novo para estimular seu raciocínio e não parecer rotina, mas, também não se empolgue muito escolhendo temas mirabolantes que não se consiga chegar a lugar algum com êxito. Lembre-se de que você é um estudante e não um cientista com uma vasta bagagem profissional, materiais, equipamentos e toda uma equipe de apoio. Você deve dar um passo atrás do outro, sem tropeços e caídas, pois é devagar que se vai longe. Ouse, mas saiba dosar essa ousadia. De preferência a escolha de um tema que possa abrir pesquisas para os anos seguintes. Peça a ajuda de seus professores, discuta seu projeto de pesquisa com eles.
Terceiro Ponto:
Após a escolha do tema, listar todas as necessidades de serviços para elaboração da pesquisa. Como exemplos podemos citar:
  • Biblioteca
  • Marcenaria
  • Eletrônica
  • Vidraçaria
  • Gráfica
  • Informática
  • Oficina de pintura
  • Mecânica
  • Serralheria
  • Outros serviços.
De posse de uma caderneta de anotações, fazer contato com os profissionais dos serviços necessários e avaliar os custos. Tente fazer parcerias. Quanto mais parcerias conseguir, mas baixo ficará o custo do projeto de pesquisa. Para conseguir uma parceria deve-se conversar com o profissional do serviço e explicar o objetivo do projeto bem como a que se destina e onde será apresentado solicitando sua ajuda, seja da mão de obra ou até mesmo do material, que muitas das vezes é mínimo, para elaboração do projeto em troca de espaço para um agradecimento ao estabelecimento bem como uma propaganda do serviço prestado. A humildade é uma das pernas da sabedoria. Tente também uma parceria com um colega de colégio. Duas cabeças pensam melhor que uma e assim sucessivamente, mas, lembre-se para elaboração de um projeto precisamos de parcerias de qualidade e não de quantidade. Com muita educação podemos conseguir ótimos parceiros.


Quarto Ponto:
Após o contato com o prestador de serviço, listar todos os materiais necessários para elaboração do projeto. Como exemplo citaremos
    • Madeira
    • Vidro
    • Ferro
    • Papel
    • Fios
    • Plástico, dentre
    • outros.

Lembre-se que, o profissional dos serviços solicitados, não pode elaborar seu projeto, o autor é você. Você terá que aprender a manusear equipamentos como furadeiras, chave de lenda, martelo etc. Se não souber, peça ajuda de um adulto. Você deverá conversar com seus pais para assegurar uma excelente ajuda principalmente no que diz respeito ao financeiro e local para o desenvolvimento do projeto.
A primeira vez tudo parece confuso e por vezes pensamos em desistir, mas tudo isso é fruto da inexperiência a medida que vamos vendo a pesquisa se desenvolvendo vamos nos sentindo importantes e deslumbrados em chegar logo às conclusões.
Vamos Planejar agora a Exposição de sua Pesquisa?
Tudo deve estar do jeito que o visitante gosta de ver, porque exposição é tudo aquilo que o público verá. Para isto existem dois pontos muito importantes para o planejamento da exposição, que são: a organização e a limpeza.
Organização
  1. A organização do painel de apresentação deve fazer sentido para os visitantes que nunca viram seu projeto e muitas das vezes desconhecem o assunto. Siga os tópicos do painel.
  • Título – O título do trabalho deve ser bem curto, simples mas que prenda a atenção dizendo diretamente do que se trata o projeto.
  • Autores – Nome do autor ou autores do trabalho.
  • Subtítulo – É simplesmente o resumo da pesquisa, sem muita embromação.
  • Dissertação – É a explicação da pesquisa propriamente dito, seja bastante claro, explique suas hipóteses, métodos utilizados e dados obtidos.
  • Conclusão – Deve ser o mais clara possível para que todos compreendam.
  • Ilustrações – Devem estar embutidas no trabalho a medida em que se vai dissertando a pesquisa, quanto mais melhor, procure colocar cores fortes para chamar atenção dos visitantes.
  • Bibliografia – Deve ser citada toda a bibliografia utilizada nas pesquisa bem como seus autores.
  • Agradecimentos – Reservar um espaço para citar o nome dos estabelecimentos e das pessoas que colaboraram de alguma forma com o sua pesquisa.
2. Elaboração de folhetos explicativos sobre a pesquisa. Esses folhetos são muito importantes e devem ser distribuídos aos visitantes para que eles tomem conhecimento do que se trata a pesquisa. No ato da entrega deve-se falar somente o necessário, pois o visitante tem muito o que ver na feira e a partir do terceiro stand não se recordará mais do que você explicou e tenha certeza que, se houver interesse, ele voltará. Neste folheto deve conter uma síntese breve sobre a pesquisa, uma introdução com informações básicas, o material e a técnica utilizada, alguns dados obtidos, a bibliografia, os agradecimentos e a identificação do(s) autor(es) com um meio de comunicação com os mesmos no caso de algum visitante se interessar pela pesquisa ou até mesmo tirar dúvidas sobre a mesma.
3. Fazer a apresentação através de amostras do objeto da pesquisa, aparelhos e equipamentos que demonstrem claramente o projeto prendendo, assim, a atenção do visitante.
4. Fazer a escolha do local onde ficará sua exposição é muito importante, escolha sempre um local significativo e de trânsito direto do visitante.
5. Sua aparência também é bastante importante, os cabelos devem estar penteados, as roupas bem arrumadas e ainda podemos citar algumas formas de uma apresentação pessoal para todo o grupo de expositores.

  • Camiseta com o logotipo da feira.
  • Crachat de identificação para os expositores.
  • Uniforme da instituição bem impecável. 
  • Jalecos com o logotipo da instituição.
  • Bonés com o logotipo da instituição ou da feira, dentre outros.

6. A pesquisa poderá ser exposta de uma maneira bem simples, torno a repetir, o que interessa é um conteúdo interessante com uma apresentação organizada. Sobre uma mesa, como mostra o exemplo abaixo, use uma estrutura de papelão ou compensado fino para fixar o material descrito antes e os equipamentos que ficarão expostos sobre a própria mesa. A partir desta apresentação pode-se ter idéias de outras mais sofisticadas depende do espaço físico a que se tem direito para expor a pesquisa, dos recursos adquiridos através das “parcerias” ou do recurso financeiro de cada expositor. Caso você venha a ganhar o primeiro lugar este “stand” poderá, quem sabe, ser montado e desmontado por várias vezes em várias exposições, por isso, faça-o com capricho para que não se estrague com facilidade, utilize dobradiças para fecha-lo ao invés de desmonta-lo todo.Citarei logo abaixo alguns materiais necessários para montagem do “stand” .
  • Papelão ou compensado
  • Fita crepe
  • Fita dupla face
  • Cartolina colorida
7-Agora, mãos a obra tudo depende de você e do seu lado criador e cientista. A força de vontade e a ousadia caminham junto com a realização pessoal.




 Postado por: Cibele Pires

domingo, 26 de maio de 2013

Cronica: Qualidades do Professor

Cecília Meireles



Ilustração: Laurabeatriz


Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e complexa, essa é o professor. 

Destinado a pôr-se em contato com a infância e a adolescência, nas suas mais várias e incoerentes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida, deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base e assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegar a apreender cada fenômeno circunstante, conciliando todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos educadores. 

É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução. 

E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento. 

E ter imaginação para sugerir. 

E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados. 

E saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura, fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até o máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar. Quando a mocidade procura um rumo para a sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo guardado, que lhe serve de ideal. 

Quantas vezes, entre esse ideal e o professor, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas! 

Como seria admirável se o professor pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo, o exemplo amado de seus alunos! 

E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação. 

Texto de Cecília Meireles, extraído do livro Crônicas de Educação 3
Ilustrado por Laurabeatriz
 




Postado por: Cibele Pires

sábado, 25 de maio de 2013

Arca dos bichos (e das poesias!)         



http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/75/artigo180048-1.asp
       
Através da leitura de um livro de Vinicius de Moraes, a professora desenvolveu um projeto, junto com seus alunos, o qual não só contribuiu na alfabetização, como também, no estudo sobre os animais, e na conscientização ecológica.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Aprendizado fora da sala de aula

O Parque Zoobotânico possibilita outra maneira de aprender ciência


Um dos exemplos desta interação é o projeto Clube do Pesquisador Mirim, que há treze anos reúne crianças e adolescentes em torno de projetos de iniciação científica. O Clube é organizado em turmas com diferentes eixos temáticos, ofertadas anualmente, como biodiversidade, espécies ameaçadas de extinção, sustentabilidade e diversidade social. No decorrer dos encontros semanais, os estudantes produzem algo que expresse os resultados da pesquisa, como jogos, kits educativos, cartilhas, multimídias, vídeos, etc., apresentado em uma grande feira de ciências.
 Que tal uma aula ao ar livre? Não, este não é o sonho de crianças e jovens. É a realidade do Parque Zoobotânico. Por meio de atividades didáticas, desenvolvidas pelo Serviço de Educação e pelo Serviço do Parque Zoobotânico, estudantes podem conhecer as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi de uma forma diferente do método tradicional adotado pelas escolas.

São diversas possibilidades de ver, cheirar e tocar, de perceber a natureza à nossa volta. Animais, plantas, exposições, pesquisas, tudo serve de fonte de conhecimento para descobridores. O Parque Zoobotânico funciona como uma sala de aula viva, que proporciona aos visitantes conhecimentos sobre o ecossistema e o homem da região amazônica.


Mas não são apenas os pesquisadores mirins que podem usufruir do aprendizado pelo Parque. Todos os visitantes têm acesso às atividades educativas realizadas pelo Museu Goeldi, seja por meio de visitas escolares, de campanhas educativas, de oficinas e minicursos ou do trabalho dos monitores ambientais. De maneira criativa, o Parque Zoobotânico funciona como um centro de educação sadio e familiar, proporcionando a aproximação de jovens e adultos às pesquisas e problemas da Amazônia.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

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COMO ESTRELAS NA TERRA


 Dica de Filme


 O Filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.  As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.
- O filme é uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan.





Fonte: http://www.omelhordatelona.biz/genero/drama/1315-como-estrelas-na-terra-toda-crianca-e-especial-dvdrip-rmvb-legendado.html

Os sons e o cérebro

 

Por meio da música os alunos podem aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em transformação.



Antes mesmo de nascer, o bebê já é capaz de escutar. A partir do quinto mês de gestação, ele ouve as batidas do coração da mãe (além de todos os outros barulhos do organismo) e reconhece a voz dela. E reage a esses estímulos, virando a cabeça, chutando ou mexendo os braços, além de ficar com o coração batendo mais rápido. O bebê nasce, cresce, tornase adulto e os sons continuam a provocar essas e outras reações mais sofisticadas: eles evocam memórias e pensamentos, comunicam, provocam sensações, emocionam e movimentam.
 
Desde os tempos mais remotos, o homem percebeu todo esse potencial. Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras. Assim surgiu a música. Em sua origem, ela era usada para venerar a natureza e os deuses e para conectar o ser humano com forças maiores, envolvendo realidade, magia e crenças. Até hoje ela é responsável pela criação dos mais diferentes sentidos e significados.
 
 Mas por que a música mexe tanto com o ser humano? O som é uma vibração que se propaga no ar, formando ondas sonoras que são captadas por nosso sistema auditivo. Depois de transformadas em impulsos elétricos, elas viajam pelos neurônios até o cérebro, onde são interpretadas. Lá, elas chegam primeiro a uma região onde são processadas as emoções e os sentimentos, antes de serem percebidas pelos centros envolvidos com a razão. E, quando isso acontece, ocorre a liberação de neurotransmissores responsáveis por deixar os circuitos cerebrais mais rápidos.
Por isso, o pesquisador americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, afirma que a habilidade musical é tão importante quanto a lógicomatemática e a lingüística por auxiliar outros tipos de raciocínio. Pesquisas na área de neurociências comprovam que a memória, a imaginação e a comunicação verbal e corporal ficam mais aguçadas nas pessoas que escutam, estudam e praticam música.

A música é uma das linguagens que o aluno precisa conhecer, mas não somente por essas características. A maior razão é ele poder aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em constante transformação - como pode ser observado na linha do tempo deste pôster. As imagens de instrumentos e os diversos ritmos e notações musicais podem ser relacionados com outras manifestações culturais, como a dança e o teatro, e permitem uma análise global da evolução do pensamento humano e suas manifestações.

terça-feira, 21 de maio de 2013

ALFABETIZAÇÃO: UMA ENTREVISTA COM EMILIA FERREIRO

EMÍLIA FERREIRO. foto: Rogério Albuquerque


Emilia Ferreiro: ''O momento atual é interessante porque põe a escola em crise'' 
Segundo Emilia Ferreiro, as mudanças tecnológicas e sociais trouxeram maiores exigências ao trabalho de alfabetização









Leia abaixo a entrevista concedida pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro a NOVA ESCOLA em outubro de 2006. Emilia esteve em São Paulo para participar da 1ª Semana Victor Civita de Educação.
Aqui ela avalia as mudanças ocorridas nas práticas de leitura e escrita nas últimas décadas, como consequência sobretudo das inovações tecnológicas no campo da informática.

Como se alteraram as concepções de alfabetização nestes quase 30 anos desde que foi publicado seu livro Psicogênese da Língua Escrita? 
EMILIA FERREIRO  Mudou a concepção social do alfabetizado. O que se requer de uma pessoa alfabetizada hoje em dia é bem diferente do que em meados do século 20. Não é mais suficiente saber assinar o nome e conseguir ler instruções simples, como era na época da Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista dos usos sociais da escrita no mundo contemporâneo, temos uma complexidade cada vez maior. As circunstâncias de uso de leitura se tornaram muito frequentes e variadas. O que não mudou é o tipo de esforço cognitivo exigido por esse sistema de marcas que a sociedade apresenta em espaços muito variados e a instituição escolar é obrigada a transmitir. O problema da relação entre essas marcas escritas e a língua oral continua sendo um mistério total nos primeiros momentos da alfabetização.
E quanto ao ensino? 
EMILIA  Uma mudança positiva é que já não se consideram as produções das crianças de 4 ou 5 anos como tentativas erradas ou rabiscos, a exemplo do que se dizia antigamente, mas sim como uma espécie de escrita. Parece-me que agora há uma atitude positiva, como sempre houve em relação aos primeiros desenhos. Outro avanço tem a ver com não se assustar quando crianças pequenas querem escrever. Antes elas eram desestimuladas porque se achava que não "estavam na idade". Também se reconhece a importância de ler em voz alta para elas desde muito cedo. Já se sabe que existe uma diferença grande entre ler e contar uma história. Há um pequeno avanço - não tanto quanto deveria haver - na prática de ler textos distintos e na valorização da biblioteca de sala de aula. A simples atividade de ordenar os livros com as crianças, usando critérios múltiplos, já as aproxima muito da leitura e enriquece a escrita.

As coisas estão melhorando, então? EMILIA  Evidentemente estou dando uma visão muito positiva. Sei que há um grande número de professores tradicionais que não mudaram nada e continuam usando cartilhas dos anos 1920 e 1930. A instituição escolar é muito conservadora, muda com dificuldade. O importante é ter consciência de que ela não está definida para sempre. O que ocorre fora a afeta e ela não pode fechar os olhos. Este é um momento interessante pelo avanço tecnológico, que põe a escola um pouco em crise. Existem coisas que poderiam ter constituído avanço, porém foram muito mal compreendidas, como acreditar que os níveis de conceitualização da leitura pela criança mudam por si mesmas e que não é preciso ensinar, apenas deixar que ela construa seu conhecimento sozinha.

As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes? EMILIA  Sim, se aceitarmos que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto. Os novos meios entram não somente na vida profissional, mas no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e também fazê-los circular de maneira absolutamente inédita. No ano passado a Western Union, empresa que tinha o monopólio dos telegramas nos Estados Unidos, anunciou em sua página da internet que estava extinguindo esse serviço. Os telegramas tiveram muita importância no século 20, anunciando contratações, demissões, nascimentos e mortes - agora simplesmente não existem mais. Vemos então a desaparição de certos gêneros e a aparição de outros. O texto de email, por exemplo, não tem regras definidas. Não é como uma carta formal: podemos dizer se ela está bem escrita ou não, porque há um paradigma claro para isso. Quanto ao correio eletrônico, não. Algumas pessoas começam tradicionalmente, escrevendo "querido fulano", dois pontos, e continuam abaixo. Como se fosse uma carta formal. Muitos começam com "olá" ou mesmo sem nenhuma introdução - vai-se diretamente para o texto da mensagem. Tampouco se sabe como terminar. Alguns põem o nome; outros não, porque já está escrito no cabeçalho. É uma espécie de escrita selvagem. Não está normatizada e se prolifera. É difícil dizer se acabará constituindo um estilo.

O que significa, então, estar alfabetizado hoje? Emilia Ferreiro: É poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras que encerra a beleza da obra literária. Se algo parecido com isso é estar alfabetizado hoje em dia, fica claro por que tem sido tão difícil. Não é uma tarefa para se cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade. Quanto mais cedo começar, melhor.

E possível dizer quando termina? EMILIA  Difícil... Eu tenho duas classes de pós-graduação e continuo alfabetizando meus alunos, porque é a primeira vez que enfrentam um certo tipo de texto que apenas a literatura especializada produz e é difícil de ler. Além disso, eles têm de escrever um objeto denominado tese, que também não é fácil de escrever, primeiro porque é algo que se produz apenas uma ou duas vezes na vida e nunca mais; segundo porque é uma combinação de texto descritivo e argumentativo, com características próprias. Ler fazendo uma pesquisa na internet é um modo particular de ler, tirando informações e tomando decisões rapidamente. Os tempos de utilização da internet podem ser prolongados, mas o mais comum é que se faça um uso ágil. Não é o mesmo que entrar numa biblioteca. A quantidade de erros de ortografia que se registram nos emails é enorme. Isso porque a utilização é muito rápida e não costuma exigir correção. Escreve-se e manda-se. Se for necessário dizer mais alguma coisa, manda-se outro.

No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet. 
EMILIA  
Isso acontece em toda parte; é um fenômeno muito generalizado. Uma vez mais, não sabemos se é uma tendência importante ou se passará sem deixar marcas. O certo é que eles estão fazendo com a escrita um jogo muito divertido. É uma transgressão, mas para isso é preciso conhecer alguma coisa da escrita. Porque afinal alguém tem que receber essa mensagem e ler, ou seja, é preciso dar pistas para ser entendido. Um dado curioso é que o uso generalizado da letra K nesse tipo de mensagem parece quase obrigatório. Acontece também em espanhol, no qual o K é tão raro quanto em português. E também é um recurso das crianças nas fases iniciais da alfabetização. A letra K sempre tem o mesmo som, enquanto a letra C não é confiável, tem muitos sons diferentes. Então as crianças ficam mais seguras usando o K.

O e-mail incentiva a prática da escrita? EMILIA  Acho que sim. Talvez não se leiam tantos livros atualmente, mas há mais ocasiões de praticar a leitura e a escrita do que antes. Quando são feitas pesquisas acerca do comportamento leitor de uma população, a pergunta inevitável é: "Quantos livros leu no último ano?" Os resultados na América Latina costumam ser lamentáveis, mas não se pode tirar imediatamente a conclusão de que, no geral, se lê menos. Certamente a leitura de um livro e do resultado de uma partida de futebol numa página da web não são equivalentes em termos de esforço leitor; são práticas muito diferentes.

Isso pode levar a um maior interesse pela leitura em geral, que acabe se refletindo na leitura de livros? EMILIA  Talvez, mas seguramente não há uma relação de causa e efeito. Na medida em que alguém pratica mais, torna-se mais competente e quem sabe possa atrever-se a outros gêneros, suportes e obras frente aos quais antes tinha uma atitude de rechaço ou temor. O que é importante distinguir é que sob o verbo ler estamos agrupando muitos tipos de leitura e o mesmo vale para o verbo escrever. Pelo lado de quem lê ou escreve, há diversidade de propósitos, de circunstâncias, de tempo de organização. E pelo lado daquilo que se lê e se escreve - ou seja, os gêneros - também há diversidade e deve-se incluir agora os emails, os chats etc. Por isso é tão ambíguo o discurso sobre a introdução das tecnologias no âmbito escolar. O professor não sabe bem o que fazer com ele. Então inventou-se a sala de informática, freqüentada apenas em horários determinados. É uma maneira de não incluir o computador na atividade cotidiana. A introdução dos computadores na escola é mais uma manobra econômica do que uma necessidade pedagógica sentida como tal.

Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada. EMILIA  Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos sempre odiaram fazê-la, porque num texto à mão as correções deixam um aspecto horrível. E é preciso passar a limpo, voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimentamos suprimir trechos ou mudá-los de lugar, com a possibilidade de desfazer se não ficar bom. Depois de muitíssimas intervenções, o que temos na tela é um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para
que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem. E com o processador de texto elas podem trabalhar também com uma coisa que nunca trabalharam, o formato: largura das linhas, mudanças tipográficas, sublinhamento, manipulação do tamanho das letras etc.

Os computadores podem ser mais um estímulo para a alfabetização? EMILIA  Nos lugares em que as crianças têm computadores em casa, o fato de haver na escola não fascina muito, embora elas possam descobrir novos usos ao trabalhar em grupos na sala de aula. Mas nas camadas mais desfavorecidas da população os computadores possuem mais atrativos, porque todos sabem que é um objeto muito valorizado socialmente e tem múltiplos usos possíveis. O problema é que os computadores necessitam de suporte técnico e, quando são instalados na escola, ninguém se lembra disso. Portanto, muitas vezes as máquinas estão lá, só que inutilizadas.



domingo, 19 de maio de 2013

                           

Olá Pessoal, aqui está mais um projeto bem interessante que devemos trabalhar com as crianças. O nosso objetivo é trabalhar cuidados com o corpo, higiene e órgãos do sentido. Aproveitem mais essa dica!!!


                      Meu Corpo, Teu Corpo, Nosso Corpo!





Projeto: Meu Corpo, Teu Corpo, Nosso Corpo!
Participantes: Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
Duração do Projeto: 10 dias





Justificativa:

A partir de uma votação realizada em sala de aula, o presente projeto irá abordar temas relacionados com o corpo humano. 
Iremos estudar os órgãos do sentido (paladar, olfato, tato, audição e visão) que são imprescindíveis para a sobrevivência do ser. Além de proporcionar o conhecimento e compreensão do conteúdo, a minha intenção também será de mostrar o valor que devemos dar aos órgãos e a importância de respeitar o próximo.
Vamos ainda trabalhar o assunto higiene, tendo em vista a necessidade de conscientizar os alunos e pais sobre este tema que é de suma importância para o bem estar e boa saúde.


Objetivo Geral:

            Realizar um apanhado geral dos assuntos relacionados ao corpo humano, como cuidados com o corpo, higiene e órgãos do sentido.


Objetivos Específicos:

  • Identificar os órgãos do sentido;
  • Compreender a importância dos cuidados com o corpo;
  • Conscientizar e promover a boa higiene;
  • Valorizar os órgãos do sentido;
  • Diferenciar as partes do corpo;
  • Desenvolver a psicomotricidade;
  • Estimular a criatividade.

Recursos:

  • Desenho;
  • Colagem;
  • Brincadeiras;
  • Músicas;
  • Literatura infantil;
  • Pesquisa;
  • Atividades escritas;
  • Recortes.

Culminância:

  • Confecção de um boneco de meia e jornal com todas as partes do corpo identificadas.
  • Realização de uma eleição para escolhermos o nome do boneco.
  • O boneco irá percorrer as casas dos alunos durante um período estipulado pela professora para que cada aluno tenha a oportunidade de cuidá-lo.

Avaliação:

            Será avaliado do decorrer do projeto a participação, a colaboração e a organização da turma durante as atividades bem como a internalização dos conteúdos estudados.


PROJETO FOLCLORE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Justificativa: A necessidade de se manter viva a cultura dos povos de forma a proporcionar e divulgar o conhecimento e as informações tão necessárias na construção de nossa história, me levou a desenvolver este projeto, que auxilia na compreensão do “Hoje”, baseando em experiências anteriores, resgatando o “ontem”, sem que o mesmo se apague com tempo e as novas gerações não tenham acesso a sua origem.

Objetivo Geral: Ter conhecimento do folclore brasileiro, identificando suas características e valores.

Objetivo Específico:
Resgatar tradições;
Valorizar o folclore brasileiro;
Resgatar brincadeiras e músicas folclóricas;
Estimular a criança e sua imaginação;

Desenvolvimento
Conversa informativa recolhendo dados que já conhecem e o que não conhecem, contando histórias e lendas, com perguntas.
  • O que sabem
  • O que não sabem
  • Gostariam de saber

Contar a história do Saci Pererê, explicando suas características físicas, seus valores, e suas atitudes.
Desenho livre de personagens do folclore.
Trabalhar trava-línguas;
Formas geométricas, com desenhos dos personagens do folclore,
Parlendas;
“O que é, o que é?”,
Jogos matemáticos;
Modelagem com massinha dos personagens do Folclore;
Cantigas de rodas folclóricas;
Reescrita de lendas

Recursos
Aparelho de som;
Blocos lógicos;
Vídeo;
Materiais didáticos ( cartolinas, giz, lápis de cor);
Livros de histórias;
Sucatas;

Avaliação
Através de conversa informal;
Criação de textos sobre todo o projeto

Bibliografia
Livro de história com mitos de nosso folclore
Livro didático: Dia-Dia do professor.



Sejam bem vindos!!!

Com muita alegria, inauguro hoje este espaço que servirá para troca de informações entre nós, professores e entre alunos interessados. Espero que todos gostem. Fiquem  a vontade para comentar e nos ajudar!
Conto com vocês!!!  :)